Mobilidade em Portugal em tempos de pandemia por COVID-19

9 abr 2020

Alexandre Abrantes, André Vieira, Paulo Sousa, Pedro Aguiar, Vasco Ricoca Peixoto
Centro de Investigação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa

Desde o início da Epidemia por COVID-19, os governos têm implementado medidas de distanciamento social de diferentes tipos e abrangência. Existe alguma evidência sobre o impacto da redução da mobilidade na transmissão da COVID-19. No entanto é difícil quantificar a redução efetiva na mobilidade/permanência dos cidadãos em diversas tipologias de locais, atividades e em diferentes regiões. Ainda assim, a mobilidade/permanência é um indicador incompleto do risco real que é influenciado por muitas outras variáveis.

O Governo decretou, a partir da segunda semana de março de 2020 um conjunto de medidas para promover distanciamento social, mas, até aqui, a evidência disponível sobre a adesão da população a essas medidas era baseada principalmente em inquéritos de opinião como o Inquérito de Opinião Social do Barómetro COVID-19 da Escola Nacional de Saúde Pública.

No início de abril a Google disponibilizou pela primeira vez, relatórios indicando variações na mobilidade/permanência em diferentes países, por distrito a que chamaram COVID-19 Mobility Reports. Estes permitem uma avaliação da adesão das populações às medidas decretadas pelas autoridades e caracterização mais detalhada de mobilidade.

Este trabalho descreve a variação na mobilidade dos Portugueses ente uma linha de base em janeiro/fevereiro e o dia 29 de março, por distrito, discute os achados, e apresenta hipóteses e potencialidades deste tipo de informação em investigação futura.

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