Dia Mundial da Saúde: tributo aos profissionais

7 abr 2021

Jaime C. Branco
Médico Reumatologista
Diretor da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa

O Dia Mundial da Saúde celebra-se, desde 1950, a 7 de abril, por escolha da primeira Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS). Todos os anos, a OMS seleciona o principal tema que quer ver debatido, de acordo com as suas prioridades. A escolha para 2021 – Trabalhadores da Saúde e Cuidadores – é oportuna e de inteira justiça.

Considerando a pandemia, os profissionais de saúde, logo a seguir aos doentes graves e a todos os que perderam o trabalho e/ou rendimentos, foram aqueles que, de entre toda a população, mais sentiram e foram afetados por esta enorme e ameaçadora emergência global de Saúde Pública.

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Idosos confinados – para que a emenda não venha pior que o soneto

9 mar 2021

Jaime C. Branco e Helena Canhão
NOVA Medical School

É sabido que Portugal, em Fevereiro de 2020, tinha uma das populações mais envelhecidas da Europa. E que os nossos idosos, apesar de viveram tantos anos como os que residiam no Norte da Europa, apresentavam piores índices de bem-estar nos últimos anos de vida.

Os níveis de transmissibilidade e alta gravidade causada pela infeção pelo vírus SARS COV2 tornaram evidente a necessidade de confinamento e distanciamento social para todos, com especial relevância nos idosos. Para os protegermos, diminuímos as interações familiares. Passámos a fazer-lhes as compras, visitas mais curtas, insistimos para que não saiam de casa. Medidas fundamentais para os proteger de um vírus que, com grande probabilidade, infetando-os, pode causar uma doença grave e até a morte.

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Covid-19: A Saúde é um Direito ou um Dever?

16 fev 2021

Jaime C. Branco
Médico Reumatologista
Diretor da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa

As principais causas das doenças humanas mais prevalentes dependem hoje mais dos comportamentos individuais dos cidadãos do que de qualquer outra condicionante conhecida. Como sabemos, isto é verdadeiro sobretudo para a generalidade das doenças crónicas não transmissíveis, mas também para várias doenças infectocontagiosas, nomeadamente de origem viral.

A promoção da Saúde e a prevenção da doença são necessidades sociais, económicas, sanitárias e políticas crescentes, considerando as naturais limitações da medicina curativa e os seus avultados e progressivos custos.

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O Dia Mundial do Doente e a humanização da medicina

11 fev 2021

Jaime C. Branco
Médico Reumatologista
Diretor da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa

Quando, há 29 anos, o Papa João Paulo II instituiu o 11 de fevereiro como Dia Mundial do Doente tinha o objetivo de sensibilizar profissionais e autoridades de saúde, bem como a sociedade em geral, para a importância de apoiar os doentes nas suas necessidades.

A pessoa doente, além da patologia física e/ou mental que a aflige, apresenta níveis diferentes de incapacidade e desvantagem associados. Tudo isto a fragiliza, impossibilitando-a, até, de procurar os recursos apropriados e de defender os seus inequívocos interesses e direitos estabelecidos. Por isso, o acesso do doente aos cuidados de saúde tem de estar equitativamente garantido e facilitado, com a certeza de que ocupe o centro do sistema de saúde.

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A estratégia alimentar e nutricional no contexto da COVID-19

14 jan 2021

A alimentação é cada vez mais reconhecida como um aspeto central no contexto da COVID-19. A obesidade é hoje um dos principais fatores de risco para a gravidade na infeção por SARS-CoV-2. E a par da obesidade, a COVID-19 também afeta com maior gravidade pessoas com outras doenças crónicas, como a diabetes e a hipertensão arterial.

Em todas estas patologias, a alimentação saudável será determinante para um melhor controlo metabólico destes doentes. Por outro lado, sabemos também que a otimização do estado nutricional nos doentes com COVID-19, pode ser de extrema importância para a sua recuperação e para a diminuição do risco de complicações associadas. Assim, os cuidados de nutrição, devem ser uma prioridade, tantos nos cuidados de saúde primários como nos cuidados hospitalares, em particular nas unidades que tratam de doentes com COVID-19, desde os doentes internados em enfermaria às unidades de cuidados intensivos.

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Pandemia SARS-CoV-2: Do vírus, à patogenia, à epidemiologia, à formalização dos dados, às questões éticas — uma visão, no contexto de pandemias do passado, que contextualizam a atual

17 set 2020

José Rueff (coord.), Jorge Soares, José Pereira Miguel, Fernando Carvalho Rodrigues
Academia das Ciências de Lisboa

A narrativa parecia igual a tantas outras ocorridas no passado da Medicina enquanto arte de curar doenças. Numa cidade da China — Wuhan — da qual o mundo praticamente ignorava a existência, apesar de ser maior e mais populosa que a maioria das cidades “grandes” do ocidente, chegou a notícia de uma doença infeciosa nova que cursava com um quadro respiratório que podia ser fatal.

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Ainda o Teletrabalho e a (Tele)Responsabilidade do (Tele)Empregado e do (Tele)Empregador!

12 jul 2020

António de Sousa Uva
Especialista em Imunoalergologia e em Medicina do Trabalho
Professor Catedrático da ENSP-NOVA

As medidas de isolamento físico adoptadas nos últimos quatro meses obrigaram ao recurso, em muitas situações, ao teletrabalho como uma das estratégias de contenção (e de mitigação) da infeção por SARS-CoV-2 (COVID-19). Tal realizou-se sem qualquer preparação das suas habitações, que passaram também a locais de trabalho “improvisados” para, por exemplo, não voltar a referir os importantes desafios, em muitos casos, da gestão direta pelos trabalhadores do seu tempo e do seu horário de trabalho.

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Teletrabalho e Saúde Ocupacional: O que tem que ser tem muita força, mas pode ter custos para a Saúde!

11 jul 2020

António de Sousa Uva
Especialista em Imunoalergologia e em Medicina do Trabalho
Professor Catedrático da ENSP-NOVA

O teletrabalho é uma forma de trabalho muito peculiar. De facto, quando nos referimos ao trabalho podemos ter diversas perspectivas, mas uma das mais habituais associa-se ao conceito de trabalho “assalariado”: entre outros, fazer uma coisa concreta por solicitação da entidade patronal com uma determinada finalidade, num determinado local de trabalho com as condições proporcionadas pelo patrão, num determinado horário e a troco de uma determinada remuneração.

O teletrabalho é uma designação com cerca de meio século, reportando-se ao trabalho fora das instalações das empresas ou de outras organizações o que determina o recurso, quase obrigatório, a diversas formas de entrega do trabalho solicitado.

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Remote learning e formação online

10 jul 2020

Marta Pimentel
Diretora executiva de Learning & Development da Nova SBE Executive Education

O mundo pós-Covid-19 contribuiu de forma inequívoca para uma maior abertura ao universo digital. 

É um verdadeiro – não diria ainda maravilhoso – mundo novo, que impacta a humanidade de forma determinante, na medida em que altera todas as rotinas: sociais, profissionais, familiares e individuais.

A educação é um destes universos de profunda mudança, sendo que a grande maioria dos players globais deste setor deu um mergulho profundo no universo online. Os mais entusiastas e early adopters afirmam que são mudanças que vieram para ficar, os mais céticos e conservadores suspiram para que esta onda passe e o mundo volte a ser como sempre o conheceram. No meio, certamente, estará a virtude, o que significa que, possivelmente, se abre um futuro blended.

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COVID-19 & Metabolismo – O papel da enzima de conversão da angiotensina 2

9 jul 2020

Inês Barreiros Mota
Nutrição e Metabolismo
NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

A enzima de conversão da angiotensina 2, mais conhecida pelo acrónimo ECA2 (ACE2- Angiotensin-converting enzyme 2), tem merecido destaque na comunidade científica na situação atual da pandemia coronavírus-19 (COVID-19). A ECA2 é uma ectoenzima ancorada na membrana citoplasmática, está inserida na membrana celular, apresenta atividade catalítica sobre diferentes substratos, e quando submetida à ação de metaloproteínases, como ADAM17, perde o seu domínio exterior dando origem à ECA2 solúvel.

A ECA2 foi identificada em 2000 no decorrer das investigações sobre as enzimas, os peptídeos e os recetores envolvidos no Sistema Renina-Angiotensina (SRA). De facto, a sua principal função é a contra regulação da ativação do SRA, sendo responsável pela conversão da Angiotensina I em Angiotensina 1-9 e, principalmente, da Angiotensina II em Angiotensina 1-7.

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